DESTAQUES | ||||||||||||
Voltar | ||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Árvore na cabeça: usar óculos do clima na tomada de decisão Publicado em: 09/06/2014 às 14:56 Em tempos de mudança climática vemos que os desastres estão ficando mais sérios, porque são mais frequentes do que antes. Diz o prefeito de Timbó, "em seis anos de mandato, quatro enchentes de grande porte atingiram nosso município." As chuvas de mais de
Graffiti em San Cristobal, República Dominicana. Autor: Gabriel Abreu. Foto: Ideias Criativas Já não podemos mais evitar a mudança climática. Temos que nos adaptar a ela. Estamos em tempo de aprender a Adaptação Baseada nos Ecossistemas (ABE) - palavras estranhas que logo deverão entrar no vocabulário diário dos planejadores e fazedores de política - isto é, devemos procurar nos adaptar aos tempos de mudanças, pois a previsão é de que até Como adaptar-se a estas mudanças? O Ministério do Meio Ambiente, em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, está desenvolvendo o Projeto Biodiversidade e Mudanças Climáticas, que aplicará 62 milhões de reais, cujos objetivos abrangem a inserção da adaptação às mudanças climáticas nas políticas públicas brasileiras. A metodologia que estás sendo divulgada para promover esta adaptação é chamada internacionalmente de AbE - Adaptação baseada A região Sul do Brasil terá cada vez mais intensos e frequentes eventos de chuvas torrenciais, com consequentes enxurradas e enchentes violentas e em níveis não comuns, além de vendavais e granizos, bem como secas, ou seja momentos de intensas mudanças. Que medidas os municípios e estados podem aplicar para reduzir o potencial de danos? Isso precisa ser discutido e definido em cada plano diretor, em cada plano de desenvolvimento, em cada projeto público ou particular, levando à inclusão de medidas adaptativas, isto é, que atenuam os efeitos das mudanças sobre as cidades e sistemas. Na prática, a adaptação vai nos levar a não reduzir a distância dos cursos d'água previstos pelo código florestal para as áreas rurais e urbanas - seria atirar as pessoas e as culturas dentro de um rio ou ribeirão com intensa enxurrada (uma irresponsabilidade). A adaptação vai nos levar a não reduzir nem proibir a criação de novas unidades de conservação - tais como parques nacionais, reservas entre outros ... isso seria destruir o cobertor que nos protege e protegerá; A adaptação vai exigir gestores e cidadãos que conheçam mais e mais os serviços ecossistêmicos e protejam as Unidades de Conservação já criadas e demais áreas florestais naturais, pois são elas que oferecem os serviços ecossistêmicos; A adaptação vai exigir gestores de meio ambiente dos municípios, estados e união que não cedem as margens dos córregos, as encostas e áreas verdes nas cidades à especulação imobiliária, pois cada mancha de floresta será nossa proteção nas ondas de calor, nos momentos de seca e nos períodos de chuva intensa, pois a questão é: como podemos nos proteger melhor das secas e das chuvas intensas? A adaptação vai exigir cabeças menos consumistas, pois precisamos frear este danoso consumo de supérfluos que move uma indústria de supérfluos. O tempo agora é de árvores na cabeça, nas cidades, nas áreas rurais. Pensemos nisso e caso concordem repassem aos seus contatos A foto da enchente na várzea no Garcia é de autoria de Lucia Sevegnani e pode ser utilizada livremente.
Dra. Lucia Sevegnani Presidente da Acaprena
Dra. Beate Frank Pesquisadora
Em tempos de mudança climática vemos que os desastres estão ficando mais sérios, porque são mais frequentes do que antes. Dra Lucia Sevegnani e Dra Beate Frank |
MENU |