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Comemoração de 80 anos do Herbário Barbosa Rodrigues



Dia 22 de junho último, a Reitoria da UNIVALI e a Prefeitura Municipal de Itajaí, representadas pelo reitor Dr. Valdir Cechinel e Dr. Volnei Morastoni (de início), e de público convidado, realizaram evento comemorativo aos 80 anos de criação do Herbário Barbosa Rodrigues, de Itajaí-SC. Entre os presentes, estiveram Dr. André L. de Gasper - FURB; Dr. Ademir Reis - ex-curador do HBR; Dr. Normélio Weber - presidente da Fundação Municipal de Cultura; Gisele KS Krobel com seus pais, ela neta de Roberto Miguel Klein; Emanoele G. Pansera- Fitoteca HBR; Lauro E. Bacca - ACAPRENA; d. Êdela Bacca - ACAPRENA; Aloisius C. Lauth - ex-presidente da Associação HBR, e outras personalidades, e outros.

O ato representou a posse e o início da administração do referido Herbário pela universidade de Itajaí, para um processo em trâmite junto ao Ministério Público do Estado. Em seu discurso, o reitor expressou o sentimento de dever cumprido daquela entidade para com a comunidade de Itajaí, prometendo retomar as atividades científicas da casa. Pois, este foi o grande motivo das pessoas presentes, de reavivar a pesquisa científica acumulada na coleção de 70 mil exsicatas da flora catarinense. Em seu interior, guarda-se um tesouro botânico de valor inestimável para estudantes de mestrado e doutorado na área, e rico ambiente para a educação ambiental no litoral catarinense.

O herbário foi fundado em 22 de junho de 1942 por Raulino Reitz, seminarista de teologia do Seminário Jesuíta de São Leopoldo-RS com uma pequena coleção de plantas desidratadas, com destaque para as bromélias. Nos anos seguintes, a coleção seguirá os passos do recém formado padre, estacionando na casa paroquial de Itajaí, em 1946. Sensibilizado pela pesquisa botânica, foi agraciado com um terreno de 2.200 m2 em um lugar fora do centro da cidade. Em 1953, padre Reitz construiu uma sede própria para acolher a coleção de plantas de Santa Catarina, que será administrada por Roberto Miguel Klein. Este é considerado hoje o maior ecólogo do Estado no século passado, estabelecendo os primeiros princípios de relacionamento do reino vegetal e animal. Com o falecimento dos guardiões do HBR, Sr. Jurandir e Zilda Bernardes, a casa corria riscos de abandono e depauperização da coleção botânica. Assim, abrem-se novos caminhos para a pesquisa científica. Meus cumprimentos aos novos dirigentes, que não lhes faltem motivação e recursos a dispensar nesta causa que nos diferencia de países desenvolvidos: a tecnologia e a pesquisa.

Texto: Aloisius Carlos Lauth