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ACAPRENA participa de Audiência Pública sobre o PNSI



A ACAPRENA participou como convidada da  Câmara de Vereadores de Blumenau de audiência pública: “informações e esclarecimentos sobre o andamento dos trabalhos para a efetiva consolidação do Parque Nacional da Serra do Itajaí e seus reflexos” realizada na 6ª feira, 26 de fevereiro. A entidade pronunciou-se em  defesa do Parque Nacional, como a melhor forma de preservar em perpetuidade a biodiversidade e a água de classe um para os nove municípios do entorno cuja população futura poderá chegar a 2 milhões de habitantes. “O Parque deveria chamar-se Parque Nacional das Nascentes de tantas  nascentes que existem em seu interior”  disse o presidente da ACAPRENA, Leocarlos Sieves, em sua fala de 10 minutos.

Lembrou  ainda a falta de celeridade no trato com a regularização fundiária e indenização das propriedades abrangidas pela UC. “Vamos procurar nossas autoridades, parlamentares, ICMBio  e até a justiça se for o caso,  para dar agilidade as indenizações” comentou o presidente.

Sugeriu-se ainda ao ICMBio melhorias na metodologia de fiscalização contra a biopirataria que ocorre no interior do Parque. Hoje se gasta quase R$ 90 mil por mês com a guarda patrimonial da empresa  Casvig.  Caçadores,  cortadores de palmeira e até pescadores são predadores da biodiversidade da UC. “A fiscalização deve ir além do insulfilm  e do ar condicionado”,  disse o presidente em  referência à fiscalização atual que é  focada em vias públicas,  fora da floresta.

Comentou-se que a entidade além de denúncias,  tem recebido reclamações sobre  abordagens invasivas praticadas pela  administração do Parque em determinadas propriedades. A relação com os moradores  precisa ser melhorada.  “No ano de 2009 ocorreram somente a metade das reuniões previstas pelo  regimento interno do  Conselho Consultivo do Parque Nacional o que contribui para a falta de diálogo entre o ICMBio e a comunidade conservacionista”,  comentou o presidente em entrevista a TVL.

Fez-se  alusão ainda  ao fato de o decreto de criação do Parque ter quase  6 anos e plano de manejo ter sido publicado há  8 meses, o Parque continua fechado para a visitação e prática de educação ambiental para as  escolas e a comunidade. “Não interessa se o dono do Parque é nacional, estadual ou municipal, o que importa  é  que ele esteja cumprindo sua função conforme determina a  Lei” comentou  ainda.

Ao final de seu pronunciamento a  ACAPRENA conclamou  a todos os envolvidos: sociedade civil, comunidades, ICMBio e o poder local,  para  somar esforços na construção e implementação do “Parque que sonhamos”.



ACAPRENA