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UC apoiadas pelo Arpa reduzem as emissões de carbono



Nesta quarta-feira, dia 19 de agosto, o estudo “Redução das Emissões de Carbono do Desmatamento no Brasil: o Papel do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa)” será apresentado à Frente Parlamentar Ambientalista, durante café da manhã, no anexo IV da Câmara dos Deputados. O estudo revela que as áreas protegidas apoiadas pelo programa Arpa têm potencial para reduzir um total de 1,1 bilhão de toneladas de emissões de carbono por desmatamento e degradação florestal até 2050.

O evento é promovido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e Frente Parlamentar Ambientalista, com apoio do WWF-Brasil. A programação também envolve apresentação do Ministério do Meio Ambiente sobre o Programa Áreas Protegidas da Amazônia e painel do WWF-Brasil sobre o papel do sistema de unidades de conservação frente às mudanças climáticas.
Liderado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), com importante participação dos pesquisadores Britaldo Soares Filho e Paulo Moutinho, e com apoio do Woods Hole Research Center, o SimAmazônia é um sistema que permite avaliar, por meio de cenários, o futuro da Amazônia com ou sem aumento da efetiva presença governamental.

Com base nesses cenários, o estudo, que contou também com o apoio do WWF-Brasil, calculou a quantidade de carbono armazenada em 13 áreas protegidas que recebem suporte do Arpa e comparou com o desmatamento estimado na região se as áreas não fossem englobadas pelo programa. O resultado mostra que as áreas protegidas apoiadas pelo programa Arpa são responsávéis por armazenar 4,6 bilhões de toneladas de carbono, número que representa um décimo do carbono retido nas florestas remanescentes na Amazônia brasileira.

“A Amazônia desempenha um papel central na manutenção do clima global e o Arpa é um importante instrumento para a redução das emissões de carbono por desmatamento”, afirma o superintendente de Conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti. Para ele, “o estudo mostra que é possível quantificar precisamente os benefícios das áreas protegidas na redução do desmatamento e o quanto é importante continuar fortalecendo a implementação do Arpa”.

O programa, lançado pelo governo brasileiro em 2002, apóia a criação de novas áreas protegidas, além da implementação e gestão em longo prazo. Se essas áreas protegidas conseguirem alcançar a meta de desmatamento zero até o ano de 2050, o potencial de redução das emissões de carbono de 1,1 bilhão de toneladas no período será aproximadamente igual ao total de emissões do mundo todo por desmatamento e degradação florestal em 2007.

“O Brasil tem grande responsabilidade para a conservação da biodiversidade e manutenção do clima pelo fato de 65% da floresta amazônica estar no País. Por isso, é importante criar uma cultura de conservar, monitorar e avaliar resultados”, disse Maretti.

O Arpa é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e implementado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com governos estaduais e municipais da Amazônia que aderiram ao programa. Também fazem parte da sua gestão o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o Banco Mundial, o KfW (banco de cooperação da Alemanha), a GTZ (agência de cooperação técnica da Alemanha) e o WWF-Brasil.



WWF Brasil