Pesca cooperativa entre golfinhos e pescador em SC

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Pesca cooperativa entre golfinhos e pescador em SC Publicado em: 03/09/2009 às 13:26 Um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que assim como acontece com os pescadores artesanais, os golfinhos repassam a tradição da pesca por gerações. Os pesquisadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (Lamaq), do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, observaram a interação entre o homem e o boto-da-tainha (Tursiops truncatus), durante 15 anos, em Laguna (SC). Pescadores aprendem pela observação do trabalho de parentes e mais velhos. Entre os golfinhos o aprendizado é semelhante, os filhotes acompanham as mães durante a pesca. Segundo o coordenador do laboratório, Paulo César-Simões Lopes, todos os pescadores entrevistados afirmaram que os animais ensinam os movimentos usados na pesca cooperativa. Os pescadores da região classificam os animais como “botos bons” e “botos ruins”, segundo os pesquisadores, pois nem todos pescam ocasionalmente. “É difícil investir neste grau de complexidade, mas a escolha deve estar relacionada à aprendizagem, que acontece pela transmissão de informações entre mães e filhos”, afirmou o professor. Os riscos e a pesca ilegal contribuem com a não colaboração dos animais. As informações foram reunidas em um livro, “Luar do Delfim”. Desde 2007 o doutorando Fábio Daura, orientado pelo professor Paulo César-Simões Lopes, desenvolve o estudo “Ecologia e Conservação do boto-da-tainha região de Laguna: uso espacial, estimativa populacional e modelo conceitual de conservação”. *Com informações de Maria Luiza Gil da Agecom/UFSC Danielle Jordan / AmbienteBrasil

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Publicado em: 03/09/2009 às 13:26

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que assim como acontece com os pescadores artesanais, os golfinhos repassam a tradição da pesca por gerações.

Os pesquisadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (Lamaq), do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, observaram a interação entre o homem e o boto-da-tainha (Tursiops truncatus), durante 15 anos, em Laguna (SC).

Pescadores aprendem pela observação do trabalho de parentes e mais velhos. Entre os golfinhos o aprendizado é semelhante, os filhotes acompanham as mães durante a pesca. Segundo o coordenador do laboratório, Paulo César-Simões Lopes, todos os pescadores entrevistados afirmaram que os animais ensinam os movimentos usados na pesca cooperativa.

Os pescadores da região classificam os animais como “botos bons” e “botos ruins”, segundo os pesquisadores, pois nem todos pescam ocasionalmente. “É difícil investir neste grau de complexidade, mas a escolha deve estar relacionada à aprendizagem, que acontece pela transmissão de informações entre mães e filhos”, afirmou o professor. Os riscos e a pesca ilegal contribuem com a não colaboração dos animais.

As informações foram reunidas em um livro, “Luar do Delfim”. Desde 2007 o doutorando Fábio Daura, orientado pelo professor Paulo César-Simões Lopes, desenvolve o estudo “Ecologia e Conservação do boto-da-tainha região de Laguna: uso espacial, estimativa populacional e modelo conceitual de conservação”.
*Com informações de Maria Luiza Gil da Agecom/UFSC

Danielle Jordan / AmbienteBrasil

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