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MMA elabora programa de EA para ajudar pequeno agricultor



O Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente vai ajudar o pequeno agricultor a implementar o desenvolvimento rural sustentável, garantindo uma melhor produção, a longo prazo, e preservando o meio ambiente. Para isso, está elaborando o Programa Nacional de Educação Ambiental e Agricultura Familiar.

A versão piloto do programa vai contemplar várias solicitações dos representantes da agricultura familiar. Dentre as propostas, está a participação de todos os envolvidos e trabalhos voltados para mulheres, jovens e idosos.

Outra solicitação do pequeno agricultor é a criação de campanhas de divulgação dos produtos da agricultura familiar voltadas aos consumidores nas cidades, "para que valorizem os produtos e comecem a comprar esses alimentos, que têm uma qualidade mais orgânica", ressalta o diretor do DEA, Claudison Rodrigues.

O programa também busca o maior acesso à assistência técnica e um tratamento diferenciado entre a agricultura familiar e a grande agricultura, principalmente para financiamentos. Por isso, o DEA prevê um trabalho de educação ambiental voltados para os bancos.

Para Rodrigues, "a visão da fonte de crédito e da assistência técnica é muito convencional. É preciso aumentar a percepção de agroecologia, as diversas possibilidades de trabalho no campo, além da questão da sustentabilidades, que é de longo prazo. A agricultura familiar tem sua produção diferente da grande agricultura", concluiu.

Oficina Piloto - A base para o programa, que é construído pelo DEA em parceria com representantes de entidades envolvidas com o tema, será testada ainda este ano. Segundo Rodrigues, em dezembro, uma equipe técnica visitará uma região rural - a ser definida - para analisar, na prática, as propostas apresentadas pelos participantes da oficina "Educação Ambiental e Agricultura Familiar", realizada em Brasília, no final de outubro.

No primeiro momento, a equipe visitará o local para fazer diagnóstico, capacitação, mobilização da população, bem como identificação dos parceiros. Depois de identificadas as características do local e as políticas públicas que devem ser implementadas, o projeto piloto será colocado em prática.

A partir daí, o DEA poderá analisar, junto com os parceiros, a eficiência da oficina piloto e identificar os pontos que podem ser melhorados. Realizada a análise, o programa seguirá para consulta pública em fevereiro, segundo expectativa do Departamento.

Participaram dos debates para a criação do Programa os representantes dos ministérios do Meio Ambiente, da Educação, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura, bem como do Ibama, ICMBio, Incra, Embrapa, UnB e representantes da agricultura familiar.



Imprensa MMA