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Queda do desmatamento potencializa doação de recursos



O Comitê Técnico do Fundo Amazônia se reuniu nesta terça-feira (1/12), no Serviço Florestal Brasileiro, para atestar a redução das emissões de gases de efeito estufa decorrentes da reduções de desmatamento no ano de 2008 e fazer um levantamento prévio dos dados referentes a 2009. O Serviço Florestal é responsável pela secretaria-executiva do Comitê.

A queda no desmatamento em 2008 deu ao Fundo um saldo de 245 milhões de toneladas de gás carbônico, que foram a menos na atmosfera, e potencial para captar 1,2 bilhão de dólares em doações. "O Fundo transforma a redução das emissões de desmatamento em um sistema para financiar a conservação e o uso sustentável da Amazônia", diz o gerente de Fomento do Serviço Florestal, Marco Conde.

0 desmatamento, em 2008, foi de 1,29 milhão de hectares, 34% a menos que a referência usada nos cálculos, que é de 1,96 milhão de hectares, referente à média do desmatamento na Amazônia entre 1996 e 2005.

O parecer do Comitê tem papel fundamental na captação de recursos para o Fundo, pois quanto menor a quantidade de gases causadores do aquecimento global lançados na atmosfera, maior é o volume de recursos que podem ser captados em doações. A emissão evitada de gases equivalente a cada tonelada de gás carbônico (CO2 e) possibilita a captação de cinco dólares.

O Fundo Amazônia já recebeu 100 milhões de dólares do governo da Noruega, que se comprometeu a doar 1 bilhão de dólares até 2015. Os recursos podem ser acessados por organizações da sociedade civil, administração pública federal, estadual e municipal e empresas, e não são reembolsáveis, ou seja, não precisam ser devolvidos.

Até o momento, 38 projetos já foram apresentados ao Fundo e estão em diferentes etapas de avaliação pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), gestor do Fundo Amazônia. A maior parte, 42%, é de organizações da sociedade civil; 18% são de governos estaduais; 18% de empresas privadas; 16% de governos municipais; 3% do governo federal e outros 3% de empresas públicas/sociedades de economia mista.

ASCOM


Imprensa MMA