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Desastre no Golfo do México pode ser 5x maior que o previsto



O desastre ecológico no Golfo do México pode ser cinco vezes maior que o estimado, já que alguns especialistas acreditam que o poço aberto em alto-mar está derramando a cada dia 4 milhões de litros, e não 800 mil como anunciou o Governo dos Estados Unidos.

Se confirmadas tais previsões, a catástrofe provocada pela explosão e afundamento de uma plataforma de petróleo da British Petroleum poderia superar facilmente o desastre do derramamento gerado pelo navio Exxon Valdezm, em 1989.

Vários veículos de comunicação americanos, entre eles o “Wall Street Journal”, publicam hoje o estudo de Ian MacDonald, professor de oceanografia da Universidade da Flórida, que é especializado no acompanhamento das filtragens de petróleo em alto-mar utilizando imagens por satélite.

Os resultados do estudo do especialista desenham um panorama muito pior que o que está sendo elaborado pela própria BP e pelo Governo, que estimam que o poço que permanece aberto a 1.500 metros de profundidade no Golfo do México está derramando a cada dia 800 mil litros de petróleo.

Ontem, o diretor da BP Doug Suttles reconheceu, em entrevista coletiva na Louisiana, que a estimativa da quantidade de petróleo derramado é ‘altamente imprecisa’.

Para o professor de oceanografia o vazamento é cinco vezes maior. Segundo seus cálculos, a cada dia estariam fluindo do poço 4 milhões de litros e, por isso, no momento podem estar flutuando no litoral sul dos EUA 34 milhões de litros de petróleo.

O número ainda está abaixo da catástrofe protagonizada em março de 1989 pela embarcação americana Exxon Valdez, que bateu contra um recife no Alasca e jogou na água 42 milhões de litros de petróleo. A maré negra afetou 6 mil quilômetros quadrados e deu lugar ao maior desastre ecológico da história dos EUA.

O Departamento do Interior calcula que podem ser necessários 90 dias para vedar o poço petrolífero. Caso a previsão seja cumprida, ficariam flutuando no mar 360 milhões de litros de petróleo, quase nove vezes mais que o que foi derramado pelo Exxon Valdez.



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