Todos os anos notícias de apagões energéticos tomam conta dos meios de comunicação. Perdas na indústria, residências e comércio são apresentadas. Promessas de tomadas de atitude são dadas pelas autoridades de plantão.

Nesta semana outro episódio de pico de consumo, oferta de energia no limite, calor imenso e problemas técnicos levaram ao apagão. Um produtor de galinhas apresenta 15 mil animais mortos pelo calor excessivo dentro da granja.  

Os galpões para galinhas são construídos especialmente para este fim, baseado na técnica de máxima produção e minimização dos custos, sob orientação direta das agroindústrias, mas sem saída de emergência. Sugiro construir aviários com entornos maiores e cobertos, cercados por grades, cujos acessos sejam dotados de saídas de emergência, as quais se abrem na falta de energia.

No apagão, os animais procurarão saídas mais frescas e por certo milhares de vidas poderão ser salvas. A ideia é minha, mas pode ser usada livremente, pois o que quero é salvar as galinhas, apesar de saber que o regime de sua criação, também, é altamente perverso.

Mas, enquanto isso sugiro um minuto de silêncio para honrar a vida de 15 mil galinhas mortas em São Paulo.