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Cientistas começam a montar mapa geológico do mundo Publicado em: 09/03/2007 às 06:42 Geólogos de todo o mundo vão começar a montar, a partir da segunda-feira, 12, o primeiro mapa geológico da Terra, na tentativa de entender melhor o planeta. O projeto OneGeology, que reúne cientistas de mais de 55 países, vai coletar informações de pesquisas geológicas e apresentá-las na internet para que todos tenham acesso, como o Google Earth já faz com as imagens de satélite. Com isso, além de permitir o acesso universal a imagens detalhadas do solo, as lacunas no conhecimento ficarão mais evidentes. "Os dados geológicos existem. O que estamos tentando fazer é destrancá-los e torná-los disponíveis universalmente", disse Ian Jackson, da Pesquisa Geológica Britânica, numa entrevista coletiva nesta quinta-feira, 8. "É como montar um quebra-cabeça global." "Acreditamos que, ao aumentar a disponibilidade de dados geológicos, nosso conhecimento de fatores ambientais que afetam a saúde e o bem-estar humano aumente", acrescentou ele. Um dos objetivos é começar a identificar estruturas geológicas profundas que possam ser usadas para o armazenamento de longo prazo do dióxido de carbono, um gás que provoca o efeito estufa. Muitos cientistas e políticos acreditam que a captação e o armazenamento de carbono sejam um dos instrumentos mais importantes na luta contra o aquecimento global. Mas Jackson disse que o OneGeology também pode ajudar a detectar problemas em potencial antes que eles apareçam, já que a geologia não respeita fronteiras nacionais. "Se alguém está extraindo água de um lado de uma estrutura geológica que cruze uma fronteira política, enquanto no outro lado alguém a está poluindo, isso é um problema", disse ele. "Saber que a estrutura cruza essa fronteira pode evitar isso." O projeto, que há um ano não era nem uma proposta no papel, deve começar a dar resultados até meados de 2008, passando a crescer de forma constante conforme mais países entreguem os dados que já possuem para preencher as lacunas. Um dos problemas é que, embora os dados existam nos países, boa parte de seus formatos não é compatível. O projeto converterá a informação para a nova língua geológica universal, a GeoSciML. "A necessidade é de tornar os dados disponíveis e harmoniosos entre si", disse Jackson. "O maior obstáculo à informação não é seu custo, é saber que ela existe e onde ela está." O projeto terá início numa reunião na cidade litorânea de Brighton, na Inglaterra, entre 12 e 16 de março. Detalhes podem ser consultados em www.onegeology.org. Reuters/ Estadão Online |
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