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Ibama faz varredura em Santa Catarina



Por ar e por terra, equipe de fiscais articulados pelo Escritório Regional (Esreg) do Ibama em Rio do Sul, no Estado de Santa Catarina, percorreram 64 municípios da Serra de Lages e do Alto Vale do Itajaí em busca de ilícitos ambientais. Sobrevôo do helicóptero do Ibama sobre a região há três semanas permitiu a identificação de cerca de 60 pontos de ocorrência de desmatamento.

Os fiscais constataram corte ilegal de floresta nativa nos municípios de Campo Belo do Sul, Capão Alto, Correia Pinto, Lages, Otacílio Costa, São José do Cerrito, Apiúna, Ascurra, Vítor Meireles, Santa Terezinha e Itaiópolis. Segundo o coordenador da operação e chefe do Esreg do Ibama no Rio do Sul, Bruno Barbosa, árvores estão sendo utilizadas como lenha para secagem de fumo.

Ele informa ainda que nas áreas desmatadas foram encontradas queimadas em nascentes.
"Estão transformando a Mata Atlântica numa enorme floresta de pinus, como no Canadá".

O valor das multas já se aproxima de R$ 100 mil. Em Lages, proprietário de área no Distrito de Índios foi autuado por plantar pinus às margens de um curso d´água. Segundo a legislação, o espaçamento mínimo nesse caso é de 30 metros pra cada lado.

A operação conta com o apoio da Flona de Ibirama, Superintendência do Ibama em Santa Catarina e da Diretoria de Proteção Ambiental. Para Barbosa, a ação “é uma oportunidade de reagir contra o desmatamento dentro de um bioma que a própria Constituição Brasileira define como patrimônio nacional” (Artigo 225, § 4º). Segundo ele a maioria da população das áreas fiscalizadas tem apoiado o trabalho do Ibama que serve para dissuadir novos desmatamentos. “A previsão é de que a ação seja ampliada para outras áreas prioritárias”, conclui.


Ambiente Vitale e Ibama