NOTÍCIAS
Voltar

Audiência trata da Reserva da Babitonga, em Joinville (SC)



A polêmica criação da Reserva de Fauna da Baía da Babitonga proposta pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) será discutida em audiência pública, amanhã, às 19h30min, na Câmara de Vereadores de Joinville.

A proposta da audiência é do vereador Marquinhos Fernandes (PT), que está interessado em esclarecer a população sobre a importância da proteção dos ecossistemas do impacto das atividades humanas como a poluição, invasões e pesca predatória. Estão convidados os representantes do Ibama, Fundema, Fatma, Univille, entidades empresariais, organizações não-governamentais e associações diversas.

Segundo o Ibama, a proposta de criação da Unidade de Conservação está embasada em diversos estudos técnico-científicos realizados especificamente para a Baía da Babitonga e desenvolvidos por universidades e instituições de pesquisa. A proposta foi lançada em novembro de 2006, quando houve duas consultas públicas (uma em Joinville e outra em São Francisco do Sul).

A proteção especial à determinadas espécies de cetáceos (toninha e boto-cinza), crustáceos (caranguejo-uçá) e o mero) motivou a proposta de criação da Reserva de Fauna. Com isso, espera-se promover a integração harmoniosa entre as atividades produtivas da região e a conservação da natureza e de espécies da fauna que vivem nesse ecossistema para assegurar as fontes de recursos naturais que sustentam atividades turísticas e mais de 200 famílias de pescadores artesanais.

Área Prioritária para Conservação

A Baía da Babitonga e seu entorno estão classificadas na "Atualização das Áreas e Ações Prioritárias para Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira, como "extremamente alta" importância biológica e prioridade de ação para as quais se recomenda o manejo e a criação de Unidades de Conservação.

As principais ameaças à fauna verificadas são a captura acidental por redes, pesca predatória, poluição das águas, aterro de manguezais, o lixo depositado na área e o desmatamento dos manguezais. Segundo o estudo, a Baía da Babitonga tem sido vítima de todo o processo de degradação proveniente da histórica ocupação humana ao seu redor.


Diário Catarinense