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ONU pede à AL que aumente esforços contra desastres



A secretária-geral adjunta para Assuntos Humanitários da ONU, Margareta Wahlstrom, pediu neste sábado, 19, para que os países da América Latina aumentem sua cooperação para enfrentar os desastres causados por fenômenos naturais.

"A colaboração não é suficiente, às vezes por falta de recursos, às vezes por falta de compromissos de longo prazo. É necessário um compromisso consistente entre as nações", disse Wahlstrom.

A funcionária chegou na quinta-feira à capital mexicana, onde se reuniu com a ministra das Relações Exteriores Patricia Espinosa, para solicitar ao governo do México novos aportes econômicos ao Fundo Central de Resposta em Casos de Emergência da ONU.

Este fundo foi estabelecido em dezembro de 2005, para oferecer uma reação rápida às necessidades dos países após uma catástrofe natural ou uma crise humanitária.

Após o México, a funcionária, que já passou pelo Brasil, ainda deve viajar para o Chile e Argentina, na primeira etapa de uma campanha para estimular a cooperação regional.

"Estamos tentando focar nos países que têm mais recursos, como Brasil, México e Chile, para apoiar os países que têm mais problemas de desastres, mas que carecem de um sistema forte de prevenção", explicou Wahlstrom. "Embora já estejam colaborando, gostaríamos que o fizessem de maneira mais sistemática", especificou.

A América Latina, lembrou, é "uma região muito volátil do ponto de vista sísmico"."De todos os desastres que ocorrem, os que são mais freqüentes, que custam mais e afetam mais são os hidrometeorológicos, como inundações, furacões e deslizamentos de terra", afirmou.

Cerca de 75% dos desastres causados por fenômenos naturais se devem esse tipo de fenômeno, embora os mais mortais sejam os terremotos, que são também os mais difíceis de prevenir, afirmou.

O Fundo administra mais de US$ 500 milhões provenientes de 74 nações. A principal vantagem deste mecanismo é permitir o envio do dinheiro de forma imediata aos territórios afetados, por meio da rede de escritórios da ONU no mundo todo, que repassam os fundos aos governos, para que os distribuam em forma de comida, remédios e transporte.


EFE / Estadao.com.br