Estudante mede poluição de rio em Blumenau Publicado em: 31/07/2007 às 09:19
BLUMENAU - Um projeto que mede a vazão do Ribeirão Itoupava comprovou que o lixo jogado nas encostas do rio – e até dentro do leito – e a falta de mata ciliar modificam a velocidade e a quantidade de água que deve passar pelo curso do rio.
Andrea Luiza Coelho, 14 anos, aluna da 7ª série da Escola Estadual Básica Júlia Lopes Almeida, com a ajuda do professor do curso de Matemática da Furb Henrique Breuckmann, criou uma fórmula para medir a relação entre a vazão da água e as áreas das sub-bacias do ribeirão.
A adolescente explica que o normal seria a vazão aumentar conforme o curso se afastasse da nascente e se aproximasse da foz, mas não foi isso que o estudo mostrou.
Usando barbante, pedra, garrafa plástica, fita métrica e um mapa autimétrico (que marca os rios, com todos os detalhes da geografia), Andrea percorreu toda a extensão do ribeirão e aplicou a fórmula elaborada junto com o professor.
– Os números deveriam aumentar na direção da foz, mas variam sem uma explicação. Isso prova que a poluição é muito grande e que falta muita mata ciliar no leito – concluiu a estudante.
O projeto Relação entre vazão e áreas de sub-bacias do Ribeirão Itoupava foi apresentado na 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Científica (SBPC), em Belém (PA), entre os dias 8 e 13 deste mês.
(daniela.pereira@santa.com.br)
Jornal de Santa Catarina |