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Algas causaram morte de peixes no rio Itajaí-Açu, em Itajaí



Itajaí - A mortandade de peixes no Rio Itajaí-Açu, na localidade do Saco da Fazenda, é causada pela floração da microalga diatomácea skeletonema cf. costatum. A elevada concentração deste parasita na água, aproximadamente 80 milhões de células por litro, facilitou sua instalação nas brânquias (órgãos respiratórios) dos peixes.

Segundo o coordenador do Laboratório de Algas Nocivas do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Univali, Luis Antonio de Oliveira Proença, a diatomácea forma cadeias de células com finas paredes celulares compostas de sílica. É uma alga comum nas águas brasileiras e uma das principais fontes de alimento da cadeia dos organismos marinhos. Mas quando encontrada em concentrações elevadas pode causar danos aos peixes.

De acordo com Marco Antonio Barcelar Barreiros, coordenador do Laboratório de Tecnologia do Pescado da Univali, as brânquias encontravam-se totalmente tomadas pelos parasitas, impedindo o seu pleno funcionamento.

Os pesquisadores da Univali informaram que a análise das amostras de água demonstraram que a salinidade da água estava baixa, cerca de 11 %, e a concentração de oxigênio relativamente alta. Estes fatores também contribuíram para a infecção por bactérias que levaram os peixes à morte.

A presença de saídas de esgoto no Rio também contribuí para a carga de matéria orgânica que sustenta a flora microbiana permanente no ambiente. Os pesquisadores da Univali explicaram que, com os serviços de dragagem, o novo ambiente criado se tornou próprio para o desenvolvimento de várias espécies. O contínuo aporte de nutrientes vindos dos esgotos faz com que o alimento (as algas) nessa região seja muito elevado, por isso a abundância de peixes e outros organismos na região.

(
patricia.zomer@santa.com.br )



Jornal de Santa Catarina