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Estudantes cobram investigação em Florianópolis (SC)



O movimento estudantil da Capital oficializou ontem ao presidente da Câmara de Vereadores, Ptolomeu Bittencourt (DEM), pedido de investigação contra o prefeito Dário Berger (PSDB) por suspeitas de interesse pessoal na elaboração da lei de incentivo à hotelaria.

O ato dos estudantes é uma tentativa de reforçar as informações enviadas pelo juiz Zenildo Bodnar ao Legislativo e que culminaram com a abertura da Comissão de Investigação e Processante contra Berger.

Um dos pontos da defesa do prefeito é que inexiste até agora denúncia formal contra ele. Os estudantes temem que a argumentação seja aceita e a comissão encerre o caso. O grupo fala em corrupção passiva, prevaricação e improbidade administrativa, e quer a cassação do mandato.

O diretor da União Nacional dos Estudantes e ex-presidente da União Catarinense dos Estudantes, Tiago Andrino, disse que a categoria não questiona o conteúdo da lei dos hotéis, mas as suspeitas de que o prefeito tenha interesse pessoal pela aprovação da medida. Segundo Andrino, a principal desconfiança refere-se aos supostos R$ 500 mil que Dário ou o irmão dele, o deputado federal Djalma Berger (PSB), teriam recebido em troca da lei.

- O prefeito precisa explicar isso - declarou Andrino.

Dário e Djalma Berger negam terem recebido o dinheiro. O grupo de estudantes recebeu de Bittencourt a garantia de que a denúncia será analisada pela Procuradoria da Câmara e depois em plenário.

A reportagem tentou ouvir o prefeito por meio da sua assessoria de imprensa. O secretário de Governo e Comunicação, Danilo Cunha, seria o responsável para se pronunciar a respeito, mas ele não foi encontrado.


Diário Catarinense