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Greenpeace pede mais investimentos na fiscalização de UCs



Militantes da organização ambientalista Greenpeace fizeram um ato nesta quarta-feira (21) em frente ao Palácio do Planalto para pedir mais investimentos do governo na fiscalização de unidades de conservação, de modo a conter as mudanças climáticas.

Eles penduraram em balões de gás uma urna com cinzas recolhidas na unidade paraense da Floresta Nacional do Jamanxim para representar a poluição causada pelo desmatamento. A área foi invadida e queimada ilegalmente.

“Essa é nossa mensagem para o presidente. Não adianta só criar unidades de conservação, elas precisam ser  implementadas e fiscalizadas. Se não, vai acontecer isso. Elas estão sendo destruídas por fazendeiros e grileiros”, disse o coordenador da Campanha da Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário.

O consultor de Políticas Públicas do Greenpeace, João  Alfredo Telles Melo, disse que o governo tem dado prioridade ao investimento na produção de biocombustíveis, mas não investe em políticas para evitar o desmatamento.

“Falta uma política pública do governo voltada para coibir o desmatamento e garantir as atividades sustentáveis na Amazônia. Se  a gente tirasse a parte do desmatamento, o Brasil quase não teria contribuição na poluição mundial. No entanto, é o quarto maior justamente por causa do desmatamento.

Adário explicou que o Greenpeace e outras organizações não-governamentais (ongs) apresentaram uma proposta para acabar com o desmatamento no Brasil. “Ela prevê a redução a zero do desmatamento até 2015, se houver uma série de medidas instaladas”.

As ongs propõem o investimento de R$ 1 bilhão para aumentar a fiscalização, incentivar a produção sustentável dos pequenos agricultores e beneficiar fazendeiros que não desmatarem os 20% a que têm direito em propriedades privadas.

Ao final do ato, os militantes enviaram uma urna com as cinzas da reserva florestal para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil é o quarto maior poluidor do mundo. Cerca de 75% dos gases do efeito estufa do país são provenientes do desmatamento das florestas.


Agência Brasil