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MPF investiga uso impróprio de recursos do Ibama



O Ministério Público Federal  (MPF) investiga uma denúncia de desvio de verbas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama ). O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) mostra que recursos da união estariam sendo usados para tratamento em clínicas de estética.

Segundo o Ministério Público Federal, entre os cuidados estéticos que foram pagos pelo Ibama a uma clínica, em Goiânia, estão serviços de rejuvenescimento facial e corporal. Somando os valores registrados desde 2005, foram gastos cerca de R$ 23 mil. Os dados estão no Portal da Transparência, do governo, na Internet.

As investigações apontam para uma funcionária, que trabalha na área contábil do instituto.

"Às vezes, a gente tava com uma promoção muito boa. Ela falava 'eu quero tantos pacotes de massagem, tantos de celutec, tantos de lifting e o dinheiro eu vou passar para conta'. O dinheiro entrava na conta, então, eu não iria questionar de onde vem o dinheiro", explicou a esteticista Angela Maria da Silva, que trabalha na clínica.

De acordo com a Superintendência do Ibama em Goiás, a funcionária, que está de férias, foi afastada do cargo até que o caso seja apurado. O órgão também abriu uma sindicância interna e vai realizar uma auditoria no sistema de pagamentos da regional para apurar as irregularidades. Uma pré-auditoria já confirmou a existência de pagamentos indevidos.

"A fraude ocorre por conta desse desvio paulatino, discreto, que não foi percebido por ninguém. Esse é o pior. Quando você desvia R$ 1 milhão, todo mundo fica de olho. Agora, R$ 3 mil em um mês, R$ 4 mil no outro, pula um mês, paga outro, ninguém percebe", disse Carlos Drewes, procurador do Ministério Público Federal.

O Ministério Público sabe que os gastos irregulares não foram feitos com cartões corporativos, mas com depósitos bancários. De acordo com as investigações, o desvio acontecia aos poucos.



Porta G1