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Relatório aponta Brasil como maior desmatador Publicado em: 11/04/2008 às 09:11 Seriam 31 mil quilômetros quadrados de floresta derrubada anualmente, segundo Bird Um novo relatório divulgado ontem (8/4) pelo Banco Mundial (Bird) mostra que, entre 2000 e 2005, o Brasil foi o país que mais desmatou no mundo. Seriam 31 mil quilômetros quadrados de floresta derrubada anualmente, segundo o órgão. Em segundo lugar aparece a Indonésia: 18,7 mil km2 por ano. Em terceiro está o Sudão, com 5,9 km2. A Amazônia é onde mais se desmata no Brasil. Os dados oficiais do governo brasileiro, computados pelo Inpe, indicam taxa de derrubada média anual na região de cerca de 22 mil km2 - ainda que dois dos três maiores índices já registrados sejam de 2004 (27.379 km2) e 2003 (25.282 km2). O Inpe não monitora outros biomas, como o cerrado e a mata atlântica. As informações do Bird fazem parte do Relatório de Monitoramento Global 2008, que avalia o status de cumprimento das Metas do Milênio. De acordo com ele, a perda de área florestal no planeta foi de 73 mil km2 por ano entre 2000 e 2005. A África Subsaariana é a região que mais derrubou, cerca de 47 mil km2 - a América Latina e Caribe aparecem com 41 mil km2. O leste asiático e a região do Pacífico surgem com um incremento florestal, devido especialmente a projetos de reflorestamento mantidos na China. Esse movimento mascara os altos índices de desmatamento registrados na Indonésia. Além disso, nos últimos anos, a Indonésia cresceu sua taxa de desmatamento de florestas tropicais para alimentar o mercado mundial, especialmente o europeu, de biocombustíveis. Grandes regiões do país foram derrubadas e queimadas para dar espaço a plantações de dendê, afirmam organizações não-governamentais e observadores independentes. Como o país não mantém um programa de acompanhamento de desmatamento, como o Brasil, a extensão dos danos é estimada. Sustentabilidade O relatório indica que a redução dos índices mundiais de pobreza não será sustentável se florestas forem perdidas, estoques de peixes, reduzidos e o solo, degradado. “A extinção de recursos naturais e a degradação ambiental comprometem a perspectiva de crescimento em longo prazo de muitas nações em desenvolvimento”, escrevem os autores. O Bird pede uma ação global coordenada para controlar as mudanças climáticas e lembra que eventos extremos, como secas e enchentes, afetam principalmente os mais pobres. (Cristina Amorim, com Reuters) O Estado de SP, 9/4 |
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