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Eco Power discute sustentabilidade



FLORIANÓPOLIS - Reflexos da crise global, críticas severas ao efeito do capitalismo moderno e o exemplo brasileiro no desenvolvimento de biocombustíveis pautaram a abertura da Eco Power Conference, ontem à noite, em Florianópolis. A cerimônia que abriu exibindo imagens das belezas naturais de Santa Catarina aos participantes internacionais deu uma prévia do debate em busca de fontes de energias renováveis e alternativas para manter a sustentabilidade do planeta.

Lembrando das dificuldades de organizar um evento internacional em tempos de câmbio instável e ameaça de recessão, o diretor da Eco Power, Ricardo Bornhausen, apontou o desafio de manter as questões ambientais na pauta global.

– Ciclos econômicos vem e vão, mas a crise ambiental é permanente – destacou.

Representando o governo federal na cerimônia, os ministros da Agricultura e Pesca, Altemir Gregolin, e da Integração Nacional, Geddel Quadros Vieira Lima, entraram na polêmica dos biocombustíveis, tema que tem gerado controvérsias no cenário internacional. Gregolin lembrou que o petróleo, além dos impactos ambientais, impõe uma dependência às nações pobres sem reservas do combustível.

– Uma nova matriz energética é uma condição para a sustentabilidade do planeta e para diminuir a desigualdade social do mundo – apontou Gregolin.

Geddel reforçou o discurso tentando tranqüilizar os ambientalistas presentes ao afirmar que é “irreal” a idéia de o governo está avançando sobre a Amazônia para plantar cana-de-açúcar com finalidade de produzir biodiesel.

Na primeira conferência internacional do evento, o físico e ambientalista austríaco Fritjof Capra, professor do Schumacher College, um centro de estudos ecológicos na Inglaterra, discorreu sobre os desafios para o crescimento sustentável e criticou a banalização que termo sustentável sofre nos dias atuais, sendo voltado principalmente para a questão econômica.



Jornal de Santa Catarina